sábado, 12 de março de 2011

Liberdade

Queres crescer depressa. Viver a tua vida, á tua simples maneira. Queres gritar, pular, fugir. Queres ir onde te apetece, viver o que sempre quiseste. Queres ser tu sem condições. Queres voar, queres amar, queres crescer. Ser independente. Ter a carta, um carro, uma namorada ‘toda boa’ para mostrar a toda a gente o quanto és sortudo. Queres acima de tudo viver a tua e ser feliz. Sem mas nem porquês. Ser aquilo que sonhas, que ambicionaste ao longo da tua pequena infância. Pensas que nada te pode acontecer. És o dono do mundo, a razão de toda a existência. És um ícone na vida de alguém. És a vida de alguém. Cometes erros. Mas também pensas em repará-los. Dizes asneira. Logo depois alguém te diz que a vida é assim. Queres crescer, e tentar ver-te na pele de quem ao longo de tanto tempo te ‘massacrou’ a cabeça. Acima de tudo, queres liberdade. A tua liberdade.


Canela

quarta-feira, 9 de março de 2011

Bonecas Insufláveis.

Depois de algum tempo, aprendes a diferença, a subtil diferença,
entre dar a mão e acorrentar uma alma.
O amor... não há tema mais complexo, bonito e irritante que o Amor
Vamos desde já tratá-lo com letra grande, pois o Amor merece esse respeito, digamos assim. O Amor, é não mais do que algo a dois, possivelmente a três, mas a mim parece-me pessoas a mais se querem que vos diga. Deve definitivamente ser algo a dois, embora haja (quase) sempre uma pessoa do casal que prefira uma escapadela. É por vezes triste, é por vezes nojento, é o Amor
Mas de onde surge este sentimento, esta definição de sentimento? Como uma pessoa pode saber que está a sentir L'Amour ou se simplesmente comeu chocolate a mais? Há sim, porque dizem que o chocolate, ou o excesso dele provoca sentimento semelhante ao Amor
O "para sempre" ou a "eternidade" é como a primeira base deste jogo; é o objectivo das rapariguinhas desde o início : encontrar alguém que me ame para sempre. Depois arranjam um namorado, amam-se para sempre, andam umas semanas, uns meses no máximo depois alguém erra e é o fim. Então o sempre não é um sempre para sempre, é apenas um adiamento de um sempre não definido. Muito "sempre"? Há pois, mas quando se ouvem aqueles casalinhos dizerem: para sempre, já não se torna demasiado, irreal. 
Depois, outra situação que eu acho bastante fofita é esta:
- Tenho que ir fofinho. Cuthi Cuthi.
- Ok , vá amo-te muito. Desliga tu.
- Oh amor, também te amo muito muito muito. Mas não amor, desliga tu lindo.
- Não consigo linda (ihih) desligamos os dois sim?
- Está bem. 1,2,3.
Silêncio. Olha-se para o ecrã.
- Oh não desligas-te.
(...) Não há situação mais irritante.
Crianças acordem ! Ele é o homem da vossa vida e passado 1 semana passa a ser o putezeco que destruiu o vosso coração. Mas os rapazes não pensem que se safam, pois passa-se sempre semelhante. Eu digo tudo isto mas não nego já ter dito um amo-te para sempre, ou és o homem da minha vida, e tudo isto porquê? Porque faz parte experimentar, faz parte errar, faz parte fazer figura de parva. 
É uma rotina de namoros, e se me for permitido a metáfora, é como um filme. Muda a protagonista mas o guião permanece o mesmo, com as mesmas falas, com os mesmos olhares. Tudo o que foi dito antes é dito agora, mas apenas a uma personagem diferente. 
Muda tudo menos a atitude falhada das protagonistas que caem como patinhas na mesma cantiga do bandido de sempre.

Se procuras amor eterno tens boa solução: Bonecas Insufláveis.



Cravo

terça-feira, 8 de março de 2011

Palma(da)s ao Novo (Des)Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, 2010.

Nós demos aos brasileiros a terra, o povo e a língua - e nós é que temos sotaque!


Será muito complicado aos nossos estimados políticos, darem-nos um minuto de sossego, será que eles gostam assim tanto de sentir o descontentamento do povo português?
Talvez « a vida animal seja muito... enfeliz », com este novo acordo, ou desacordo, nem sei como escrever ao certo as palavras. É um facto, ou um fato? Há algum problema em haver um número superior de letras na mesma palavra? 
Portugal perde, a passo e passo, toda a sua cultura: a sua identidade! 
Breve trocamos o tu por você, sambamos todos os dias e falamos com sotaque , como se já  o sotaque alentejano, portista, algarvio, madeirense, açoriano e o típico gritar das ruas lisboetas, não nos bastasse.
O nosso querido primeiro ministro e os seus duendes ajudantes, têm uma certa nostalgia do passado e como quando o nosso rei D. João IV e toda a sua corte se movimentaram para o Brasil, quer tornar novamente Portugal numa colónia de uma colónia.
Nós , a língua mãe (o Português), ao invés de serem as outras variantes da língua submeterem-se ás nossas alterações, somos nós, o povo português, o povo fraco, a submeter-se ...


É um acto de cobardia ou simples ignorância da importância dos costumes num povo, principalmente o povo português com os costumes e fronteiras mais antigas da Europa.
Para que andamos nós a estudar na escola, se de década a década fazem alterações naquilo que aprendemos?

As crianças têm idade de brincar, sujar-se, andar de skate, brincar com bonecas. Divertirem-se, errarem. Vão para a escola para aprender, não digo que aprender seja mau porque não o é. Temos de saber para estar atentos. Se eu não andasse na escola, não saberia criticar o novo acordo ortográfico. Mesmo que as opiniões contrárias a este acordo não sejam entendidas com muita relevância, devem ser escutadas pois se algo fosse perfeito, não deveria ter ninguém contra.

Deve ter-se em conta a opinião do povo, visto ser este quem se vai submeter a esta mudança.


Cravo e Canela, (ajudante)


Como se fazem os bebés?

Minha cara,
daqui fala a Cravo, quero apenas explicar-te de uma forma muito simples como se fazem os bebés.
Os babies, não vem de Paris, como deves saber, nem tão pouco de outra cidade qualquer, nem da minha vila, nem da tua terrinha. Quer dizer, eles eventualmente nascem numa terra qualquer, mas não surgem de modo algum sem a interacção de um Homem e de uma Mulher. Bem, eu sei que tu sabes isto mas só queria esclarecer. Como sei que tens esta definição tão bem esclarecida?
Fácil, sei que não és nenhuma santa, e que também já pretendes-te ter um bebé, pelo menos tiveste uns meses com aquele faminto desejo maternal. Mas minha cara, cujo nome é demasiado reles para eu pronunciar, ou sequer escrever. Isso não é forma nenhuma de quereres prender um rapaz, nem o mais parvinho há-de gostar de ficar com uma rapariga, aliás uma rapariga como tu (no ofense), só porque dizes que estás com o fruto do seu ser no teu ventre. Bem, claro que houve (possivelmente) sexo, pois não és nenhuma Santa Virgem Maria, mas Meu Deus, por favor. -.-
Tu se tiveres barriga, meu amor, será apenas barriga de cerveja.


tu, possivelmente no futuro. mas com menos peito ;)



P.S: minha cara, mesmo que não mereçam, respeita as pessoas que te rodeiam, porque bem ou mal, tens de conviver com elas.

por uma marca no corpo...





Cravo