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Depois de algum tempo, aprendes a diferença, a subtil diferença,
entre dar a mão e acorrentar uma alma. |
O amor... não há tema mais complexo, bonito e irritante que o Amor.
Vamos desde já tratá-lo com letra grande, pois o Amor merece esse respeito, digamos assim. O Amor, é não mais do que algo a dois, possivelmente a três, mas a mim parece-me pessoas a mais se querem que vos diga. Deve definitivamente ser algo a dois, embora haja (quase) sempre uma pessoa do casal que prefira uma escapadela. É por vezes triste, é por vezes nojento, é o Amor.
Mas de onde surge este sentimento, esta definição de sentimento? Como uma pessoa pode saber que está a sentir L'Amour ou se simplesmente comeu chocolate a mais? Há sim, porque dizem que o chocolate, ou o excesso dele provoca sentimento semelhante ao Amor.
O "para sempre" ou a "eternidade" é como a primeira base deste jogo; é o objectivo das rapariguinhas desde o início : encontrar alguém que me ame para sempre. Depois arranjam um namorado, amam-se para sempre, andam umas semanas, uns meses no máximo depois alguém erra e é o fim. Então o sempre não é um sempre para sempre, é apenas um adiamento de um sempre não definido. Muito "sempre"? Há pois, mas quando se ouvem aqueles casalinhos dizerem: para sempre, já não se torna demasiado, irreal.
Depois, outra situação que eu acho bastante fofita é esta:
- Tenho que ir fofinho. Cuthi Cuthi.
- Ok , vá amo-te muito. Desliga tu.
- Oh amor, também te amo muito muito muito. Mas não amor, desliga tu lindo.
- Não consigo linda (ihih) desligamos os dois sim?
- Está bem. 1,2,3.
Silêncio. Olha-se para o ecrã.
- Oh não desligas-te.
(...) Não há situação mais irritante.
Crianças acordem ! Ele é o homem da vossa vida e passado 1 semana passa a ser o putezeco que destruiu o vosso coração. Mas os rapazes não pensem que se safam, pois passa-se sempre semelhante. Eu digo tudo isto mas não nego já ter dito um amo-te para sempre, ou és o homem da minha vida, e tudo isto porquê? Porque faz parte experimentar, faz parte errar, faz parte fazer figura de parva.
É uma rotina de namoros, e se me for permitido a metáfora, é como um filme. Muda a protagonista mas o guião permanece o mesmo, com as mesmas falas, com os mesmos olhares. Tudo o que foi dito antes é dito agora, mas apenas a uma personagem diferente.
Muda tudo menos a atitude falhada das protagonistas que caem como patinhas na mesma cantiga do bandido de sempre.
Se procuras amor eterno tens boa solução: Bonecas Insufláveis.
Cravo